quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Resenha: Flora Segunda

Livro: Flora Segunda
Autor: Ysabeau S Wilce
Editora: Salamandra


“Os mágicos infortúnios de uma garota corajosa, seu parceiro de olhar vítreo, dois mordomos agourentos (um deles azul), uma casa com onze mil cômodos e cão vermelho.”

Impossível não se apaixonar por Flora Fyrdraaca, nossa protagonista. Ela é corajosa, amiga, inteligente, o tipo que não fica parada e sabe reconhecer seus defeitos e suas falhas.

O livro é narrado por ela própria, e ficamos conhecendo um pouco sobre sua ‘gloriosa’ família e sua ‘gloriosa’ casa. Pelo menos parece que Flora não pensa assim. Sua família, assim como sua casa está completamente decadente. Papi, depois que foi preso pelos hutzil, ficou louco e raramente sai de seu ‘ninho’ e quando o faz é para armar confusão. Mami é o general do exercito e raramente está em casa. Idden, irmã de Flora, também está no exercito e não mora Crakpot Hall.

Aliás, falando Crakpot Hall, a casa dos dez mil cômodos... Ela é de fato enorme e deslumbrante, não fosse pelo fato de que está caindo aos pedaços. O mordomo residente da casa da família Fyrdraaca, fora banido por Mama, o que deixou a casa sem ninguém que pudesse dela cuidar. Os poucos cômodos que a casa ‘deixar’ os moradores acessarem vivem uma bagunça.

Flora é quem tem que cuidar de tudo. Limpar a casa, cuidar dos animais, vigiar Papi. Além disso ela ainda tem que se preparar para sua Catorcena, quando entrara na idade adulta.

Quando um Fyrdraaca faz quatorze anos ele é mandado para o quartel, mas Flora não quer ir, ela quer ser uma patrulheira, uma vigilante, uma espiã, assim como Nini Mo, sua idola. Mas ela não tem coragem de dizer isso para sua Mami.

Quando Flora acaba indo parar numa biblioteca e sem querer esbarra no mordomo banido Valefor, as coisas parecem mudar. No entanto ela mal sabe na encrenca que está se metendo.

O livro é ótimo, a lingugem é fácil e fluida. O tipo de livro que te dá vontade de ler mais e mais só para saber o que vai acontecer a seguir. Flora é muito sarcástica, mas bem humorada, e cheia de idéias. Eu morri de rir também com seu amigo Udo, um escravo da moda, como Flora o define. Quando eles entram disfarçados na base para tentar salvar Boy Hangsen, e Udo dá uma de comandante é hilário, porque ele praticamente perde as estribeiras e briga e grita com todo mundo. Dá quase para sentir o desespero de Flora de que ele faça uma besteira.

Resumindo, o livro é excelente e vale a pena ser lido.

Pelo que descobri, há mais dois livros (Flora’s Dare e Flora’s Fury), sequências deste primeiro, mas não sei se a editora Salamandra pretende publicá-los. Esperemos que sim.

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