Autor: Ysabeau S Wilce
Editora: Salamandra
“Os mágicos infortúnios de uma garota corajosa, seu parceiro
de olhar vítreo, dois mordomos agourentos (um deles azul), uma casa com onze
mil cômodos e cão vermelho.”
Impossível não se apaixonar por Flora Fyrdraaca, nossa
protagonista. Ela é corajosa, amiga, inteligente, o tipo que não fica parada e
sabe reconhecer seus defeitos e suas falhas.
O livro é narrado por ela própria, e ficamos conhecendo um
pouco sobre sua ‘gloriosa’ família e sua ‘gloriosa’ casa. Pelo menos parece que
Flora não pensa assim. Sua família, assim como sua casa está completamente
decadente. Papi, depois que foi preso pelos hutzil, ficou louco e raramente sai
de seu ‘ninho’ e quando o faz é para armar confusão. Mami é o general do
exercito e raramente está em casa. Idden, irmã de Flora, também está no
exercito e não mora Crakpot Hall.
Aliás, falando Crakpot Hall, a casa dos dez mil cômodos... Ela
é de fato enorme e deslumbrante, não fosse pelo fato de que está caindo aos
pedaços. O mordomo residente da casa da família Fyrdraaca, fora banido por
Mama, o que deixou a casa sem ninguém que pudesse dela cuidar. Os poucos cômodos
que a casa ‘deixar’ os moradores acessarem vivem uma bagunça.
Flora é quem tem que cuidar de tudo. Limpar a casa, cuidar
dos animais, vigiar Papi. Além disso ela ainda tem que se preparar para sua
Catorcena, quando entrara na idade adulta.
Quando um Fyrdraaca faz quatorze anos ele é mandado para o
quartel, mas Flora não quer ir, ela quer ser uma patrulheira, uma vigilante,
uma espiã, assim como Nini Mo, sua idola. Mas ela não tem coragem de dizer isso
para sua Mami.
Quando Flora acaba indo parar numa biblioteca e sem querer
esbarra no mordomo banido Valefor, as coisas parecem mudar. No entanto ela mal
sabe na encrenca que está se metendo.
O livro é ótimo, a lingugem é fácil e fluida. O tipo de
livro que te dá vontade de ler mais e mais só para saber o que vai acontecer a
seguir. Flora é muito sarcástica, mas bem humorada, e cheia de idéias. Eu morri
de rir também com seu amigo Udo, um escravo da moda, como Flora o define. Quando
eles entram disfarçados na base para tentar salvar Boy Hangsen, e Udo dá uma de
comandante é hilário, porque ele praticamente perde as estribeiras e briga e
grita com todo mundo. Dá quase para sentir o desespero de Flora de que ele faça
uma besteira.
Resumindo, o livro é excelente e vale a pena ser lido.
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