sábado, 19 de janeiro de 2013

Resenha “A Escolha dos Três” – Stephen King (A Torre Negra)


Se o primeiro livro foi confuso e maçante (alguns dizem isso, embora na minha opinião não tenha sido tanto assim), este segundo chega para arrasar. A história começa a se delinear e segue num ritmo extremamente agradável, com cenas de batalhas e emoção.

Mais uma vez nos encontramos com Roland, o último Pistoleiro, figura remanescente de um mundo que está decadente, e se destruindo, um mundo que “seguiu adiante”. Está na hora de Roland escolher (ou sequestrar) as pessoas indicadas pelo Homem de Preto, que o ajudarão a chegar a Torre Negra, o único modo, talvez, de impedir a completa destruição de seu mundo, que um dia fora belo e cheio de luz. 

A história inicia-se não muito tempo depois do derradeiro encontro de Roland e o Homem de Preto. Na praia do Mar Ocidental. Um mar cheio de coisas estranhas, “lagostrosidades” (só lendo o livro para entender). Roland acorda na praia, perto na linha da maré e se depara com essas coisas, que, depois de uma boa briga, arrancam do pistoleiro dois dedos da mão direita. (Coisa tensa meu).

Enfim, começos assustadores a parte, Roland segue praia acima na busca pelas portas que o levarão a encontrar as pessoas indicadas por Walter no jogo das cartas, as pessoas que o ajudarão a chegar a Torre Negra. O Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte (“mas não para você, pistoleiro”, diz Walter).

Atravessando cada uma das três portas, Roland vai parar na mente de três pessoas distintas, ambas moradoras da cidade de Nova York, porém em épocas distintas.

Eddie Dean, é um viciado em drogas que vive nos anos 80. Odetta Holmes é uma ativista dos direitos dos negros que vive nos anos 60. E por fim, Jack Mort.

Quando Roland atravessa cada umas das portas, ele entra na mente das pessoas, o que acaba gerando uma situação meio engraçada, principalmente com o Eddie, que de repente começa a falar sozinho (quando percebe a presença de ‘alguém’ na sua cabeça).

Aliás, o fato de ver o Rolad no nosso mundo me fez rir aos montes. Ele desconhece praticamente tudo que para nós é super comum e trata as coisas com surpresa e até assombro. A ‘carruagem voadora’ e a ‘asmina’, vide avião e aspirina.

Os personagens são mais bem desenvolvidos e, embora ainda tenha muitos fatos que desconhecemos o livro dá um excelente fôlego na obra.

Também gostei muito da relação que Roland acabe gerando com Eddie. Uma coisa meio estranha a principio, com ameaças de morte e tal, muito turbulenta. Mas ainda sim é algo bonito. Mesmo que Eddie seja meio burro às vezes e Roland não seja dado a demonstrações de afeto.

Se você leu o primeiro, mas ficou na dúvida, aconselho que leia o segundo porque certamente você vai mudar de idéia.

“Longos dias e belas noites”

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